domingo, 23 de junho de 2013

GRALHA-PICAÇA






















Nome Científico: Cyanocorax chrysops

Família: Corvidae

Ordem: Passeriformes

Distribuição: No Brasil, ocorre nos estados de Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, e Rio Grande do Sul. Também são encontradas na Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia.

Habitat: Presente em matas de araucárias, subtropicais, de galeria e cerradões, Mata Atlântica montana, pinheirais e eucaliptais. Têm preferência por locais altos da floresta. Raramente descem ao chão (exceto quando derrubam um alimento, que buscam prontamente).

Alimentação: Em matas de araucárias consomem pinhões, mas também são rejeitam insetos, frutos e, às vezes, ovos de outras aves.

Reprodução: Põe de 6 a 7 ovos grandes, de cor azul-celeste com detalhes brancos. Na época reprodutiva deixam os bandos, geralmente de 10 a 20 indivíduos, para viver a dois. O ninho é feito em árvores altas e espinhentas, para evitar predadores.

Com amplo repertório vocal, a gralha-picaça têm cerca de 25 vocalizações diferentes. Pode, inclusive, arremedar a fala humana, como os papagaios. Mas seu canto, em geral, é tagarelante.

Também conhecida como acaé, cancã, gralha, gralha-de-crista-negra, gralha-do-mato e uraca, ela tem uma cor azul ultra marinho (exceto na cabeça). O pescoço anterior e a garganta são negros, já o peito, a barriga e a ponta de cauda são brancos (amarelado).

No alto da cabeça penas negras formam uma almofada de pelúcia, bem característica na espécie. Voam bem, para atravessar a ramagem pulam meio voando, lembrando a alma-de-gato.

Caçam em qualquer altura, usam os dedos para segurar a comida, enfiam o bico pontiagudo fechado numa fenda, a qual depois forçam, abrindo as mandíbulas. Aves fáceis de observação.




TANGARÁ-DANÇADOR






















Nome Científico: Chiroxiphia caudata

Família: Pipridae

Ordem: Passeriformes

Distribuição: Sul da Bahia, Minas Gerais até o Rio Grande do Sul e Paraguai.

Habitat: Florestas densas.

Alimentação: Alimentam-se de bagas e pequenos insetos e aranhas encontrados nas folhas.

Reprodução: A fêmea constrói uma cestinha rala numa forquilha bem alta, utiliza teias de aranha para colar o material da construção. Deposita dois ovos pardacentos. A incubação dos ovos é feita pelas fêmeas, durante 18 dias; e os filhotes abandonam o ninho após 20 dias.

Mede 13 cm, a plumagem do macho é azul-celeste, cauda preta com duas penas centrais mais longas que as outras e, no alto da cabeça, uma brilhante coroa vermelha. Seu canto é inconfundível.

A fêmea é verde-escura, pode ter testa cor de laranja. É muito conhecido em por sua dança pré-nupcial, onde de 2 a 6 machos se agregam em locais para fazerem exposições cooperativas no sub-bosque da floresta.

O macho dominante do grupo se comporta como um sentinela no alto de um poleiro, na tentativa de atrair fêmeas para a corte. Voam bem, mas comumente não costumam sair da mata.


TÍE-SANGUE



Nome Científico: Ramphocelus bresilius

Família: Thraupidae

Ordem: Passeriformes

Distribuição: Ave brasileira em essência, o tié-sangue é encontrado da Paraíba até Santa Catarina.

Habitat: Capoeiras baixas, bordas de florestas, restingas e plantações. Às vezes é avistado em parques e praças das cidades, para espanto dos transeuntes.

Alimentação: Frugívoro, tem predileção pelos frutos da embaúba. Mas alimenta-se também de insetos e vermes.

Reprodução: O ninho é construído em forma de cesto e forrado de vários tipos de materiais, que vão de fibra de palmeira e de sisal à raiz de capim. A reprodução acontece em duas épocas distintas: na Primavera e no Verão (são de 2 a 3 posturas por temporada). A fêmea põe, em média, de 2 a 3 ovos (diga-se, verde-azulados e lustrosos, com pintas pretas). Embora só ela incube (o período é de 13 dias), após o nascimento vários indivíduos alimentam a prole. Os filhotes ficam independentes com cerca de 35 dias e atingem a maturidade sexual com um ano de vida.

Não dá para não enxergar o tiê-sangue na mata. Como o próprio nome adianta, ele tem cor de fogo. No contraste com a folhagem, parece acender a paisagem.

Como se não bastasse a plumagem, durante o acasalamento o macho ainda levanta verticalmente a sua cabeça, só para exibir ainda mais a base de sua mandíbula reluzente e branca (aliás, uma característica do gênero Ramphocelus).

Conhecido ainda como sangue-de-boi e tapiranga, mais uma vez a fêmea tem cores menos vivas: é parda nas partes superiores e marrom-avermelhada nas inferiores. Por outro lado, na mão contrária da beleza, o tiê-sangue não canta bem. Quando chama ou adverte outro pássaro, sua vocalização é considerada "dura" (ou pouco melodiosa).

Com 18 centímetros de comprimento, este pássaro não gosta de solidão: vive aos pares ou em pequenos grupos. A sua presença no litoral do Sudeste do País está associada a uma cultura agrícola: a da banana. Como é fonte de alimentação o ano todo, um grande número de espécies vive nesta faixa de terra.


SAÍRA-PRECIOSA






















 Nome Científico: Tangara preciosa

     Família: Thraupidae

    Ordem: Passeriformes

Distribuição: Ocorre nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Sul de São Paulo. Também há registros deste pássaro na Argentina e no Paraguai.

Habitat: Interior da mata e suas bordas. É comum ser avistado também nas matas Atlântica, de Araucárias, capoeiras, parques e plantações.

Alimentação: Essencialmente frutos, mas também de artrópodes.

Reprodução: Este pássaro tem duas ninhadas por estação. A cada uma delas a fêmea põe 3 ovos.

Este passarinho, que não passa de 15 centímetros de altura, é conhecido também por saíra-de-cara-suja. Este nome deriva de uma curiosidade de sua tonalidade.

O macho, apesar de ser considerado uma das saíras mais coloridas existentes, tem a cabeça, o pescoço, o crisso e o dorso marrons claro, que dão justamente essa impressão de sujeira.

Mas as demais partes é que fazem mesmo a diferença. O uropígio e as coberteiras da asa são creme; a garganta, o peito e barriga, em tom verde-água; as rêmiges e rectrizes, em azul claro; o bico preto e uma faixa da mesma cor, que vai do olho ao bico e, por fim, as pernas cinzas.

A exemplo de outras espécies, as fêmeas são menos vistosas (neste caso, menos coloridas). Só possuem a cabeça marrom claro e o resto do corpo em tons de verdes.

Parcialmente migratório, esse pássaro costuma descolar-se aos pares, sempre na companhia de bandos mistos.






GARÇA-REAL



















Nome Científico: Pilherodius pileatus

Família: Ardeidae

Ordem: Ciconiiformes

Distribuição: Presente em quase todas as regiões brasileiras, menos no Nordeste e no Rio Grande do Sul. Fora do Brasil, é encontrada desde o Panamá à Colômbia, Bolívia e Paraguai.

Habitat: Rios e lagos com margens florestadas, áreas pantanosas e lamaçais.

Alimentação: Peixes e crustáceos em águas rasas.

Reprodução: Põe, em média, 2 ovos. O ninho fica isolado e a pouca altura do chão. O casal divide as tarefas de chocar os ovos e, depois, de cuidar dos filhotes.

Esta ave, conhecida também como garça-morena, garcinha e garça-de-cabeça-preta, pode-se dizer, é marcante de várias formas: desde o jeito como voa (bate as asas aceleradamente e com pequena amplitude, o que a distingue de longe no céu) à uma plumagem completamente incomum.

No corpo, sua coloração dominante é um branco amarelado, com pescoço e peito em tons creme, e a cabeça tem uma espécie de capuz preto, contrastando com a face e o bico azuis. Tudo nela remete a uma certa elegância. Até quando sai da água, por exemplo, seca-se ao Sol, imponente, abrindo as asas.

Quando adulta, ganha na nuca duas a três penas diferenciadas, compridas e finas, que pendem até o dorso. Com média de 55 centímetros de comprimento, vive solitária ou em grupos pequenos, de 2 a 3 indivíduos. Mas para dormir, é certo: prefere estar sozinha. E, em geral, o faz sobre árvores ressequidas. Por essas e outras diferenciações, é menos freqüente que as outras garças.



ALMA - DE - GATO






















Nome Científico: Piaya cayana

Família: Cuculidae

Ordem: Cuculiformes

Distribuição: Ocorre do México à Argentina, e também em todo o Brasil.

Habitat: Vive em matas ciliares e secundárias, capoeiras, parques e bairros arborizados (até mesmo de grandes cidades brasileiras). Normalmente habita os estratos médio e superior dessas matas e quase nunca desce ao solo.

Alimentação: Alimenta-se basicamente de insetos, principalmente lagartas. Detalhista, examina as folhas atrás de alimento até mesmo em suas partes inferiores. Também consome frutas, ovos de outras aves (inclusive filhotes nos ninhos), lagartixas e pererecas.

Reprodução: A fêmea bota cerca de 6 ovos e os pais se revezam na incubação (que leva aproximadamente 14 dias) e na alimentação dos filhotes. Durante três semanas eles ficam em completa dependência da mãe e do pai.

Curiosamente o principal nome desta ave tem a ver com o seu próprio canto. E a razão é simples: o seu som assemelha-se ao gemido do felino doméstico (daí a alcunha).

Esta ave também é conhecida como alma-de-caboclo, alma-perdida, atibaçu, atingaçu, atingaú, atinguaçu, atiuaçu, chincoã, crocoió, maria-caraíba, meia-pataca, oraca, pataca, pato-pataca, piá, rabilonga, rabo-de-escrivão, rabo-de-palha, tincoã, tinguaçu, titicuã, uirapagé e urraca.

O engraçado é que o alma-de-gato também imita o canto de outras aves, como o do bem-te-vi, que tem uma vocalização muito parecida à sua. Mas esta não é a sua única peculiaridade.

De corpo relativamente pequeno e cauda enorme, ele difere de outras duas espécies próximas: o chincoã-pequeno (Coccycua minuta), que é bem menor e chincoã-de-bico-vermelho (Piaya melanogaster), que além do bico, apresenta a barriga negra e uma mancha amarela próxima ao olho. Mede cerca de 50 centímetros (contando a cauda).

Soma-se a isso, ainda tem os seus ovos. O aspecto deles também é diferente, pois têm aparência de um mineral. O alma-de-gato normalmente anda sozinho ou aos casais.



AVE - DO - PARAISO























Paradisaeini é uma tribo de aves passeriformes da família Paradisaeidae, com 14 géneros e cerca de 43 espécies das chamadas aves-do-paraíso. A característica mais marcante das aves-do-paraíso é a plumagem exuberante dos machos da maioria das espécies, utilizada como ornamento nos rituais de acasalamento. O grupo é típico da Australásia e está presente nas regiões tropicais do Norte da Austrália, Nova Guiné, Indonésia e Ilhas Molucas. As aves-do-paraíso habitam principalmente zonas de floresta tropical e manguezais.

As aves-do-paraíso são aves de pequeno a médio porte, medindo entre 15 a 120 cm de comprimento, incluindo a cauda. As espécies maiores têm dimensões aproximadas a um corvo. O grupo é notório por dimorfismo sexual extremo: as fêmeas têm plumagem monótona, em tons de cinzento e castanho, enquanto que os machos da maioria das espécies são muito coloridos, por vezes em tons contrastantes e/ou iridiscentes, com caudas longas e/ou penas que se destacam na cabeça e pescoço. Há no entanto espécies onde o macho não é ornamentado e é semelhante à fêmea. O bico é curto e forte e adaptado a uma alimentação omnívora, baseada em frutos, folhas e animais como anfíbios, insectos e outros invertebrados.

Os machos das aves-do-paraíso são normalmente solitários, enquanto que as fêmeas vivem em pequenos bandos juntamente com os juvenis. Na época de reprodução, o macho representa uma série de rituais de exibição, com o objectivo de atrair as fêmeas. Estas danças são muito elaboradas e no género Parotia fazem inclusivamente lembrar as danças hula e limbo. Nas maioria das espécies, onde há dimorfismo sexual significativo, a fêmea toma conta da incubação e crias sozinha, mas quando o macho é semelhante em plumagem à fêmea toma também parte nos cuidados parentais. A hibridização é um fenómeno comum dentro deste grupo e resulta em animais com plumagens intermédias, que foram confundidos no passado como espécies próprias.

As plumas das aves-do-paraíso são bastante importantes nas sociedades nativas da Nova Guiné como símbolo de estatuto social. Quando a ilha foi descoberta e explorada por naturalistas europeus, as aves-do-paraíso causaram sensação pelo seu exotismo e diversidade. As plumas tornaram-se num adorno habitual nos chapéus das senhoras das classes média e alta, enquanto que os museus de história natural e coleccionadores privados competiam pelo maior número possível de exemplares taxidermizados. No final do século XIX, princípio do século XX, foram abatidas muitas aves-do-paraíso para estes fins e muitas espécies ficaram à beira da extinção. Hoje em dia o IUCN lista apenas 12 aves-do-paraíso, mas todas as espécies do grupo estão protegidas na Papua-Nova Guiné e Irian Jaya. A importação de plumas de aves-do-paraíso é proibida na maioria dos países.

As aves-do-paraíso foram anteriormente classificadas em família própria, Paradisaeidae.

A espécie Parotia berlepschi, foi descrita no século XIX. Seu nome científico é uma referência a Hans von Berlepsch, ornitólogo alemão do mesmo século. Acreditava-se estar extinta, mas uma expedição ocorrida em dezembro de 2005 redescobriu-a nas Montanhas Foja, na Papua-Nova Guiné.


PAPAGAIO-VERDADEIRO






















Nome Científico: Amazona aestiva

Família: Psittacidae

Ordem: Psittaciformes

Distribuição: Nordeste (PI, PB, BA), pelo Brasil Central (MG, GO, MT), ao Rio Grande do Sul, Paraguai, norte da Argentina e Bolívia.

Habitat: Mata úmida ou seca, palmais, beira dos rios.

Alimentação: Sementes, frutos e flores, aprecia muito os cocos de palmeiras.

Reprodução: Nidificam em troncos ocos de palmeiras e outras árvores e regularmente em buracos de barrancos. O casal permanece junto no ninho, mesmo durante o dia. Os ovos são pequenos, brancos e arredondados, a postura é de 4 ovos.

O papagaio-verdadeiro mede entre 35 a 40 cm, pesando 400 gramas. Parte da cabeça é amarela na área próxima aos olhos, com fronte e loros azuis, o encontro das asas e base da cauda é vermelho. Como todo psitacídeo, vive rigorosamente aos casais, permanecendo unidos pela vida inteira.

Seu bico é escuro e o restante do corpo verde. Infelizmente ainda é muito procurado como animal de estimação (xerimbabo - na língua indígena), pelo motivo de ser considerado um falador, aprende a pronunciar palavras, imitar músicas, latir, tossir, rir; é importante enfatizar que esta espécie é apta ao arremedo condicionado. Estão entre as aves mais inteligentes do mundo.

Daí ser uma das maiores vítimas do tráfico de animais no Brasil. Oitenta por cento dos animais apreendidos pela polícia florestal são papagaios-verdadeiro.


















PICA-PAU-BRANCO





Nome Científico: Melanerpes candidus

Família: Picidae

Ordem: Piciformes

Distribuição: Ocorre em todo o Brasil, Bolívia, Argentina, Paraguai, Uruguai e Suriname.

Habitat: É arborícola, ele habita campos com árvores esparsas, cerrado, palmeiras, pomares.

Alimentação: Caça insetos, especialmente sob a casca. Ataca muito ninhos de marimbondos e vespas, mas não são atacados por estes insetos. Alimentam-se também de frutos, inclusive plantas cultivadas em pomares, como mamão, abacate e bananas.

Reprodução: O ninho é construído em um buraco natural ou feito pelo casal em árvores de madeira mole. Postura de 3 ou 4 ovos.

O pica-pau-branco, conhecido também como birro, mede 28,5 centímetros, uma espécie campestre alvinegra, com abdômen e nuca amarelados (no macho) ou com esta cor apenas no ventre (fêmea).

Na época da reprodução e acasalamento, faz sua demonstração, ou seja, fica voando acima das árvores gritando. Ele também grita, constantemente, se comunicando com um chamado alto e forte, enquanto o bando viaja em longos vôos a grande altura.

Vocaliza um estridente "birro... birro... birro" em vôo ou empoleirado em postes de madeira (daí o outro nome popular). O pica-pau-branco vive em pequenos grupos e dormem juntos, no oco de uma árvore, às vezes com várias entradas.















GARÇA - AZUL






















Nome Científico: Egretta caerulea
Família: Ardeidae
Ordem: Ciconiiformes
Distribuição: Esta ave está em todo o litoral brasileiro, no Pantanal e também na Bacia Amazônica. Fora do Brasil é encontrada desde o Sul dos Estados Unidos e América Central até a Colômbia, Peru, Chile e Uruguai.
Habitat: Manguezais, lamaçais, alagados, rios e lagos, além da região costeira.
Alimentação: Invertebrados e peixes.
Reprodução: Os ninhos, em forma de plataforma, são construídos de gravetos, entre 1 e 3 metros acima da água. Quase sempre o território escolhido para isso são os mangues. A cada gestação são postos de 2 a 5 ovos azuis.
'Esta ave, conhecida como garça-morena (sobretudo no Pará), chega a medir até 52 cm de comprimento.

Em geral vive sozinha ou em grupos. Visualmente, quando adulta, tem uma plumagem cinzento-azulada (ou azul-ardósia), com a cabeça e pescoço em tons violáceos, e o bico, tarso e dedos, anegrados.

Na juventude a garça-azul, apesar do nome, é branca. Tem ainda um estágio de transição onde chega a ser "malhada". Só com um ano de idade é que ela fica parecida com os pais.


Ao contrário de outras garças, costuma ter movimentos mais lentos.


EMA



Nome Científico: Rhea americana

Família: Rheidae

Ordem: Struthioniformes

Distribuição: A família Rheidae é endêmica da América do Sul. A Ema é avistada, portanto, no Sul do Pará, Nordeste (em direção ao Maranhão), Vale do São Francisco, Sul e Centro-Oeste do Brasil. Nos países vizinhos é encontrada no Paraguai, Bolívia, Argentina e Uruguai.

Habitat: Campos, pampas, plantações, cerrados, savanas de cupins e varjões com buritirana, no Sudeste do Pará. Também é avistada em campos litorâneos, próximo à orla marítima.

Alimentação: Onívora, alimenta-se de folhas verdes, frutos e sementes, além de insetos e pequenos invertebrados. Uma curiosidade: costuma ingerir pedrinhas para ajudar na trituração dos alimentos.

Reprodução: Em geral o ninho é feito no chão. Ele é compartilhado por todas as fêmeas do macho (o número pode variar entre 2 e 12 emas). O número de ovos, em geral, fica entre 10 e 12 unidades a cada ninhada. O pai é quem cuida dos ovos, que eclodem todos de uma vez. A partir daí, a tarefa de cuidar dos filhotes é dividida entre os casais. Mas ao macho fica destinada a tarefa da proteção (sobretudo em função dos ataques de lagartos).

Maior ave das Américas - chega a medir entre 1,34 e 1,70 metros, e a pesar de 34,4 kg (macho) a 32 kg (a fêmea) - a Ema é um animal extremamente campestre, que vive em grandes grupos familiares (que podem ter de 6 a 60 indivíduos).

Mas por conta da perda de seu habitat (para culturas de soja, trigo e milho) e também devido à caça, ela teve um forte declínio de sua população em três regiões do Brasil: Nordeste, Sudeste e Sul. Felizmente, no Centro-Oeste e no Pantanal, a ema convive bem com os fazendeiros de gado (uma vez que limpa o pasto de pragas).

Na natureza essa ave pode atravessar rios a nado quando perseguida ou mesmo correr a 60 km/h em ziguezague. Apesar desse comportamento arredio, costuma ser criada facilmente em cativeiro.

A exemplo das seriemas, têm plumagem mimética (quando sua cor adquire a configuração do meio em que vivem). Os machos se diferenciam por ter a base do pescoço, o peito anterior e a parte mediana do dorso anterior nas cores negras.