quinta-feira, 27 de março de 2014

VENTRE-LARANJA, LARANJINHA, GUARDA MARINHO





















Ventre-Laranja, Laranjinha, Guarda marinho

Amandava subflava (Vieillot, 1819)

Com massa corporal de 5 a 8 gramas, LARANJINHA está entre os menores Estrildian achados. Apesar da aparência de colorido, esses pequeninos são tão frágeis, mas estão entre os mais resistentes e mais fácies das raças Africanas.
Não se admira que eles são tão populares e estão na lista dos mais desejados pelos admiradores.
A gama de casa dessa jóia aviária é bastante grande e pode-se encontrá-los em muitas partes da África.
A distribuição dos chamados “LARANJINHAS” vai do Quênia até a África do Sul. Considerando que o LARANJINHA está em casa na parte norte da área de uso das espécies.
Eles habitam a parte norte da Mauritânia até a Etiópia e sudoeste da Arábia, enquanto a terceira sub-espécie A. s. nietha.., que é praticamente inexistente em cativeiro, ocorre no sul da Angola até a Zâmbia e oeste de Malawi. A distribuição das sub-espécies sobrepõem consideravelmente, pois não existem muitos pássaros nessas zonas de fronteiras que se pareçam de forma intermediária que se possa fazer a identificação e, às vezes, torna-se impossível.
As espécies gostam de terras alagadas e áreas cobertas por gramíneas altas e papiros. Normalmente podem ser encontrados ao longo de rios ou áreas inundadas.
Mas essa espécie não se restringe a essas áreas alagadas, e podem ser encontradas em pastos das planícies superiores, bem como na bordadura das florestas ou no entorno de aglomerações humanas. Surpreendentemente,  essa espécie pode ser encontrada a partir das planícies até 2.400 metros de altitude, como no caso da Etiópia.
Esses minúsculos pássaros mostram a enorme flexibilidade em termos de escolha de habitats – um comportamento que se torna fácil para nós oferecermos um ambiente adequado em nossos viveiros.
No campo LARANJINHA se alimenta basicamente de pequenas sementes de gramíneas, que podem ser maduras, mas preferencialmente ainda verdes.
Colahan (1982) enumerou as seguintes plantas como alimento para as espécies: Setaria sphacelata, Rhynchelytrum repens, Digitaria milanjiana, Panicum novenmere e Hyparrhenia cymbaria.S. shacelata, P. novenmere  e  H. cymbaria também foram encontrados na cultura dos filhotes.
As populações do norte parecem construir seus próprios ninhos, como é costumeiro entre Estrildian. As populações sulinas, no entanto, raramente parecem construir seus ninhos, pois se apossam de ninhos abandonados. Eles restauram um pouco e colocam penas no ninho, de preferência da cor branca.
LARANJINHA chegou cedo na Europa e eram as espécies de aves mais fáceis de se conseguir, pois sempre estavam disponíveis para importação. Assim como em muitos casos, eram pássaros comuns e baratos e criou-se um grande interesse. Agora eles começaram a ficar raros e o preço aumentou. Mas ao contrário de muitas outras espécies, há grandes chances de que conseguiremos manter a espécie em cativeiro, mesmo se não for capturado nenhum pássaro selvagem.
Esses amáveis pássaros estão entre os mais resistentes e duradouros que vem à minha mente. A vida útil de 6 a 7 anos é comum, mas também existem aves antigas, como de 10 e 11 anos e são mais comuns em LARANJINHA que em outro Waxbill que eu conheço. Além disso, alguns pares são muito bons reprodutores. Averiguamos um de nossos pares e este criou 54 filhotes durante um período de 6 anos. Eles foram importados do campo, em fase de penas adultas, quando chegamos a eles.
Apesar do pequeno tamanho das aves, estas não devem ser mantidas em gaiolas pequenas. Eles são muito ativos em lugares apertados. Nossa menor gaiola tem dimensão de 1,2 x 0,6 x 0,6 metros. Um canto da gaiola deve oferece cobertura e proteção em forma de palhetas e alguns arbustos fixados na borda. Essas estruturas ajudam muito na aceleração do processo de se estabelecer em um novo ambiente. É muito importante o espaçamento da tela. Os filhotes podem passar entre os vãos. Nossa tela tem cerca de 9 X 9 mm e até agora nenhuma ave escapou.
Mas tivemos uma fêmea adulta que achou um caminho para escapar do viveiro, pois a abertura do bebedouro era grande e quando os ajudantes foram trocar a água ela escapou. Felizmente, o seu companheiro estava em outra gaiola e ela retornou. Após uma hora, conseguimos capturá-la.
Pra mim um dos grandes prazeres é observar o LARANJINHA em um grande e bem estruturado viveiro, mas o clímax, tanto para a ave quanto para o criador, é um viveiro bem feito. Os pássaros utilizam todo o viveiro, escondem-se e procuram abrigo na vegetação densa. Como os seus parentes, LARANJINHAS alimentam-se de comida no chão. Provavelmente só o Quail e Locust passam mais tempo em terra. Os LARANJINHAS lidam bem com as temperaturas que ocorrem no sul da Alemanha, e nós mantemos muitos pássaros em viveiros fora da casa, durante o mês de maio até o goldbrü3fim de setembro (primavera).
Muitas vezes, eles ficaram alojados juntamente com variedades de outros Waxbills e a convivência é boa, tirado o intervalo de construção do ninho, e este foi fortemente defendido, não importando se o intruso fosse o dobro do tamanho do defensor – que foi afugentado.
Nunca tivemos muito sucesso em manter mais de um par de LARANJINHAS no mesmo viveiro durante a reprodução. As aves perturbam umas as outras e então resolvemos colocar os pares em locais separados, juntamente com outros Waxbills. Não recomendamos manter juntos com parentes próximos como Strawberry Finches ou Green Avadavats, pois temos híbridos em ambos os casos. Durante o período em que não há reprodução, LARANJINHA pode ser mantido com outros pássaros da mesma espécie sem problemas.
A perda de penas, pelo fato de outras aves removerem a pena ou o próprio pássaro remove suas próprias penas, não é um problema quando o viveiro fornece alguma vegetação e locais para esconderijo - quanto mais pássaros, mas vegetação se deve ter.
Esses pássaros nunca serão tão domesticados e mansos como Lavender Waxbills, pois eles tendem a manter distância até mesmo quando o criador põe comida e outros atrativos. Mas eles não são como alguns papagaios, que quase entram em pânico.
Felizmente a nutrição não é um pesadelo. Eles não são exigentes, como outras espécies. Logicamente, como são pequenos não devemos oferecer sementes grandes. Nós alimentamos os pássaros de acordo com a receita de Blattner, que consiste em 30% de painço, 40% de sementes de gramíneas e 30% Orchard (espécie de gramínea). As sementes minúsculas ajudam a mantê-los ocupados e em condições saudáveis o corpo. Quando eles são forçados a se alimentar de sementes grandes, muitas vezes têm problemas de saúde.
Os pássaros adoram alguma planta verde brotando e nós semeamos algumas gramíneas em vasos pequenos. Quase todas as aves vão imediatamente procurar as plantas.
Para aumentar a prole, nossos pássaros usam uma quantidade considerável de alimento vivo. A comida favorita deles são pupas de formigas frescas e congeladas. Como nunca temos esse alimento em quantidade suficiente, nós ficamos muitos felizes, pois nossos pássaros aceitam também alguns outros insetos pequenos. Como na maioria das aves que se alimentam de comida no chão, o LARANJINHA aceita melhor os novos alimentos se forem oferecidos no chão do viveiro, ao invés de colocar em recipientes e tigelas. 
Portanto, temos algumas bandejas em desenvolvimento em laboratório fotográfico. Nós oferecemos uma mistura de solo com sementes germinadas e insetos vivos, bem como alguns ovos. Evidentemente deve-se mudar a mistura todos os dias e fazer a limpeza da bandeja, antes de colocar o novo solo. Esse método é bem aceito pelos LARANJINHAS, pois eles devem, pelo menos, tentar conseguir o alimento. Com esse método tivemos poucos pares que não tomaram conta de seus filhotes.
Alimentos verdes podem ser oferecidos em grande quantidade sem problemas.
No campo, as diferenças sazonais na disponibilidade de alimentos são grandes, com muita comida de alta qualidade na época de reprodução e pouca comida no período em que não se reproduzem.
Tentamos simular essa sazonalidade uma vez por semana durante a estação não reprodutiva. E durante a reprodução eles receberam todo o alimento. Esse conceito de sazonalidade não só ajuda a manter as aves em boa forma, como também ajuda a sincronizar as aves para a próxima época de reprodução. 
Areia, ossos e conchas devem estar disponíveis diariamente, assim como ovos cozidos e cascas esmagadas. Para prevenir a má colocação de ovos, começamos a pulverizar sementes com Nekton MSA à dois meses antes da época de reprodução.
Assim como na comida, os LARANJINHAS não são exigentes na hora de construir o ninho. Eles constroem seus ninhos com matagal denso, bem como caixas artificiais para ninhos. O talento de construção do ninho se difere de indivíduo para indivíduo. Alguns ninhos parecem obra de arquitetura sólida, enquanto que outros se parecem mais com obras modernas, alguns sem tetos, e digamos, bem mal feitos. Essas diferenças são típicas de espécies.
As aves aceitarão capim seco ou fibra de côco como material para a construção do ninho e  dentro dele, eles preferem penas brancas. Geralmente o tempo de construção do ninho vai de 2 a 7 dias e o primeiro ovo é colocado antes mesmo do ninho estar pronto. A média de ovos colocados vai de 4 a 6. A incubação leva de 12 a 14 dias. Os filhotes são escuros com penagem amarelada. Quando os primeiros desses capetinhas são manchados no ninho, os pais vão começar a busca por insetos. Nossos pássaros ficaram ocupados por horas cavando na sujeira oferecida nas bandejas. A grande vantagem de oferecer alimentos nessas bandejas é que as sementes permanecem mais tempo vivas e as aves são mantidas ocupadas na busca pelo alimento.
Como já foi mencionado, tivemos poucos casos em que nossas aves não conseguiram aumentar sua prole – em todos os casos as aves começaram muito cedo com os esforços pela procriação. Nós nunca tivemos que separar um par porque eles não se combinavam. Parece que as aves não são exigentes na escolha de seus companheiros. 
Se tudo ocorrer bem, os filhotes irão empenar em torno de 17 a 19 dias após a eclosão do ovo e muitas vezes voltam para o ninho para se empoleirar nos dias seguintes. Duas semanas depois já estão se alimentando por conta própria, mas se o viveiro é grande o suficiente, não há necessidade de separá-los antes de terminar a troca de penas. Com três meses eles são menores que seus pais. A situação é diferente se o casal reprodutor é mantido em gaiola, porque os filhotes curiosos perturbam a mãe na hora de colocar novos ovos.
Nós raramente fomos capazes de manter os filhotes junto dos pais mais do que 2 semanas, pois após esse tempo o filhote já pode sobreviver e não atrapalhará a fêmea na próxima ninhada. Nunca conseguimos mantê-los mais do que 4 semanas. 
Eles podem ser pequenos, mas possuem um canto impressionante. Não só o macho, mas os filhotes podem ser facilmente ouvidos quando imploram por algo, com apenas 4 ou 5 dias.
Até chegarem as penas, eles criarão muitos ruídos, mas honestamente, não existe um ruído tão doce do que um LARANJINHA saudável, implorando altamente por algo.


CARDEAL DA VIRGÍNIA





















Aves da América do Norte  
Cardeal da Virgínia

Distribuição: Leste dos Estados Unidos, México e Belize.
Tamanho: 20-23 cm.
Peso: 42 a 48 g. Alimentação: Sementes, frutas e flores, e, às vezes, insetos e invertebrados.
Número de ovos: 3-4 O cardeal da Virgínia é facilmente identificado pela coloração vermelha brilhante dos machos e pela crista característica.
Visitante regular dos jardins para pássaros na América do Norte, o cardeal da Virgínia é reconhecido por seu canto claro e forte. Seu bico poderoso, cônico, é bastante apropriado para sua dieta de sementes. Esses pássaros são vistos com freqüência em grandes bandos, e já foram bastante populares como animais de estimação. Hoje, porém, estão protegidos por leis de proteção à espécie.

CALAFATE



























Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Estrildidae
Género: Padda
Espécie: P. oryzivora
Nome binomial
Padda oryzivora
Linnaeus, 1758


Nome científico: Padda (Lonchura) oryzivora significa "comedor de arroz".
Origem: Ilhas Indonésias como Java, Sumatra e Bornéo.
Nome popular: Pardal de Java, Pada, ou Calafate que vem dos calfat, como eram chamados os marinheiros encarregados de vedar as juntas das embarcações, na função de calafetar o navio, normalmente com estopa para impedir a passagem de ar ou água. À sua semelhança, o Calafate constrói o ninho como se fosse uma bola oca e o fecha bem, de forma que reste apenas uma pequena abertura de entrada para a luz não se infiltrar.
Gaiola - Em local protegido de ventos e chuvas, com bastante claridade. Viveiro: até 5 casais - 1,5 m (comprimento) x 1 x 1 com tela só na frente, coberto totalmente com telhas de barro. Gaiola: GR3 com 70cm x 40(largura) x 30 (altura).
Alimentação - O calafate é um pássaro granívoro, por isso deve ser alimentado com uma mistura de sementes, 30% alpiste, 70% de painço, mistura esta que deve ser soprada e reposta todos os dias, verduras como almeirão, espinafre, ou chicória devem ser fornecidas pelo menos uma vez por semana, farinhada é essencial para a boa saúde do pássaro e deve ser servida e trocada todos os dias, especialmente na época de reprodução e muda de penas, também é bom servir osso de siba ou casca de ovos de galinha torrada por 20 a 30 minutos e triturada. Os dois produtos são fontes de cálcio essenciais para os pássaros principalmente na época da postura, quando as fêmeas precisam de reposição de cálcio.
Cuidados - Uma tigela de areia de rio lavada, deve ser deixada a disposição dos pássaros, a areia é um elemento muito importante para a saúde dos pássaros. É ótimo para a higiene e para mantê-los em boas condições de saúde, pois contém minerais, cálcio e auxilia na digestão das aves.
A água do bebedouro deve ser trocada diariamente. E como adoram tomar banho, você pode colocar na gaiola uma pequena banheira de cerâmica para que eles possam se divertir, tendo o cuidado de trocar igualmente essa água todos os dias.
A água, nesse caso, também ajuda a manter a umidade necessária para que os ovos choquem. Da mesma forma, a gaiola e o poleiro devem estar bem limpos. A bandeja precisa ser limpa com intervalos de um dia e o poleiro uma vez por semana.
Reprodução - Início de março até final de outubro. 
Botam de 4 a 10 ovos que eclodem após 14 a 18 dias. Os filhotes são separados dos pais aos 40 dias, quando se inicia uma. Os calafates são grandes criadores, cuidam dos filhotes como poucos pássaros e reproduzem com muita facilidade. São pássaros que não devem ser misturados com outras espécies, por serem muito agressivos, mas podem ser criados em colônias sem problemas.
Para que façam o ninho deve-se fornecer farto material, como grama japonesa, sisal, grama preta ou capim barba de bode que é o preferido deles. A identificação sexual pode ser feita pelo canto do macho, já que a fêmea não canta, é esta a forma mais segura para a distinção dos sexos, existe também o dimorfismo sexual, no macho adulto o bico ocupa uma área maior na face e tem o anel em volta dos olhos mais vermelho, mas este tipo de identificação requer um pouco de experiência com a espécie
Identificação sexual - o macho adulto canta, seu bico ocupa uma área maior na face e tem o anel em volta dos olhos mais vermelho.


SOCOZINHO


























Classificação Científica

Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Pelecaniformes
Família: Ardeidae
         Leach, 1820
Espécie: B. striata

Nome Científico

Butorides striata
(Linnaeus, 1758)

Nome em Inglês
Striated Heron

O socozinho é uma ave da ordem Pelecaniformes da família Ardeidae. Conhecido também como socó-estudante, soco-í e socó-mirim (Pará), socó-mijão e socó-tripa.

Seu nome significa: Butorides - do gênero Butor = bútio + ides, do grego = semelhante, parecido; striatus - do latim striatus = faixa, listra.

Características

Tem cerca de 36 centímetros. É inconfundível, devido às suas pernas curtas e amarelas e pelo seu andar agachado. Pode exibir um eriçado topete azulado quando agitado.

Alimentação

Alimenta-se de peixes, insetos aquáticos (imagos e larvas), caranguejos, moluscos, anfíbios e répteis. Permanece imóvel por longos períodos, empoleirado sobre a água ou em suas proximidades, à espera de presas.

Reprodução

Vive solitário o ano inteiro. No período reprodutivo, costuma fazer seus ninhos separado das demais aves da família ou mesmo da espécie, sendo raro encontrar colônias desse socó. Não chega a desenvolver uma plumagem especial de reprodução como as garças. A íris e as pernas ficam vermelhas nessa fase. Às vezes nidifica em colônias. Constrói seu ninho sobre árvores ou arbustos nos brejais. Os ovos são esverdeados ou verde-azulados (às vezes brancos ou esbranquiçados), uniformes. Põe 3 a 4 ovos.
Os adultos costumam coletar o alimento da prole a grande distância do ninhal. A procriação procede geralmente no início ou no fim da estação seca, quando o alimento para as aves aquáticas é normalmente mais farto.

Hábitos

Qualquer lugar que haja água. Tanto no interior do continente como nos manguezais. É migratório. Anda como se esgueirasse, a passos largos e como se observasse um perigo ou uma oportunidade. Voa devagar, com o pescoço encolhido e as pernas esticadas. Para dormir, não volta a cabeça para trás, e sim mantém o bico dirigido para a frente. Costuma colocar o bico verticalmente para baixo de encontro ao peito dentre a plumagem, o qual oculta completamente. Gosta de dias chuvosos e escuros, sente-se à vontade tanto com espécies noturnas como diurnas.

Distribuição Geográfica

Presente em todo o Brasil e nas regiões de clima quente ao redor do planeta, na América, África, Ásia, Austrália e ilhas do oeste do Oceano Pacífico.