sábado, 3 de outubro de 2015

PRÍNCIPE




























O príncipe é uma ave passeriforme da família Tyrannidae.
Seu nome científico significa: do (grego) purrhos = cor da chama, vermelho intenso; e kephalos = com a cabeça, cabeça; e do (latim) rubeus, rubinus = da cor do rubi, vermelho. ⇒ (Ave) com a cabeça colorida como um rubi ou (ave) com a cabeça da cor vermelha intensa como a chama ou ainda cabeça de fogo rubi.

Recebe outros nomes comuns, além de príncipe. Na região pantaneira recebe o nome comum de Barão do Melgaço e indica a chegada próxima à festa de São João, no final de junho, quando é mais notado. Podendo ser chamado ainda no município de Barão de Melgaço, assim como na maioria do Pantanal (Poconé, Cáceres) como são-joãozinho. É popularmente denominado de “Sangue de boi” no sul do Brasil, assim como “verão” no extremo sul do Brasil, indicando a chegada, por lá, no período em que o tempo esquenta, após o inverno. Também é conhecido como papa-moscas-vermelho e mãe-do-sol (interior de São Paulo).



























Características

O macho, em plumagem de reprodução, é inconfundível. O vermelho vivo da parte ventral contrasta com o dorso escuro. Atrás dos olhos, uma linha escura reforça o contraste e torna-o único. Na fêmea, no macho juvenil e no macho adulto, entre março e julho, a plumagem da região ventral é cinza clara com estrias mais escuras. Barriga com penas levemente róseo alaranjado ou amareladas (juvenis) ou avermelhadas(adulto). A linha escura atrás dos olhos presente, com o dorso em tom escuro, embora menos contrastante do que na plumagem reprodutiva.

























Subespécies

Possui onze subespécies:

Pyrocephalus rubinus rubinus (Boddaert, 1783) - ocorre no Sudeste e Centro Oeste do Brasil, Sudeste da Bolívia, Paraguai, Uruguai e Nordeste da Argentina;
Pyrocephalus rubinus obscurus (Gould, 1839) - ocorre no Oeste do Peru na região de Lima;
Pyrocephalus rubinus cocachacrae (Zimmer, 1941) = ocorre no Sudoeste do Peru na região de Ica até a região de Tacna e na região adjacente do Norte do Chile;
Pyrocephalus rubinus major (Pelzeln, 1868) - ocorre no Sudeste do Peru na região de Cuzco e Puno;
Pyrocephalus rubinus ardens (Zimmer, 1941) - ocorre no Norte do Peru nas regiões de Cajamarca, Amazonas e no extremo Leste de Piura;
Pyrocephalus rubinus mexicanus (P. L. Sclater, 1859) - ocorre na porção árida do Sudoeste do Texas nos Estados Unidos da América até os estados de Guerrero, Oaxaca, Puebla e Veracruz no México;
Pyrocephalus rubinus flammeus (Van Rossem, 1934) - ocorre na porção árida do Sudoeste dos Estados Unidos da América até a região da Baja California e Noroeste do Mexico, região de Nayarit;
Pyrocephalus rubinus blatteus (Bangs, 1911) - ocorre no Sudoeste do México no estado de Veracruz até a Guatemala e Honduras;
Pyrocephalus rubinus pinicola (T. R. Howell, 1965) - ocorre na savana do Nordeste da Nicarágua;
Pyrocephalus rubinus saturatus (Berlepsch & Hartert, 1902) - ocorre no Nordeste da Colômbia até o Norte da Venezuela, Guyana e Norte do Brasil;
Pyrocephalus rubinus piurae (Zimmer, 1941) - ocorre na Colômbia, no Oeste do Equador e Noroeste do Peru.

























Alimentação

Alimentam-se de insetos capturados no ar ou no solo. Daí retornando ao poleiro favorito.


























Reprodução

Se reproduzem na primavera ao retornarem da migração. O ninho tem forma de tigela chata e é revestido por raízes e musgos, e no interior contém painas e lãs. Colocam de 4 a 5 ovos. No período reprodutivo, o macho adquire coloração vermelha da plumagem, e após a reprodução ele adquire penas marrons, características do descanso sexual. São chamadas popularmente de verão, pois são residentes do verão. No período reprodutivo o macho voa adquirindo aspecto de uma borboleta e nessa ocasião canta bastante.


























Hábitos

Vivem em campos e cerrados. Além das cores, destaca-se por seu hábito de pousar em galhos expostos, cercas e fios. Ocupa os ambientes abertos, desde campos, praias de rio com arbustos até cerrado e bordas de vegetação florestal. Não penetra em áreas com adensamento de vegetação. Utiliza ambientes criados pelas mãos humanas, sendo notável e jardins e parques urbanos. Ainda pode ser observado na periferia de cidades.

Distribuição Geográfica

São aves migratórias. No inverno, vão da região sul e sudeste do Brasil para a Amazônia e retornam na primavera-verão. São normalmente encontrados aos pares.





MARIA-LEQUE-DO-SUDESTE


























A maria-leque-do-sudeste é uma ave passeriforme da família Onychorhynchidae.
Seu nome científico significa: do (grego) onux = unha, garra; e rhunkhos = bico; onychorhynchus = bico em forma de garra; e de swainsoni, swainsonii = homenagem ao artista, naturalista, e coletor de espécies inglês William Swainson (1789 - 1855). ⇒ (Ave) com bico em forma de garra de Swainson.



Características

Mede entre 16 e 17,5 centímetros de comprimento e pesa entre 13 e 21 gramas. A maria-leque-do-sudeste possui uma espetacular mas raramente vista crista colorida. Esta crista é sem dúvida a característica mais marcante da plumagem desta espécie. Embora seja geralmente mantida na posição horizontal e raramente exibida, quando totalmente estendida forma um grande e impressionante leque e apresenta uma vívida combinação de cores, escarlate, preto e azul no macho. Nas fêmeas a coloração vermelha da crista é substituída pela coloração alaranjada. Sua coloração geral é uniformemente marrom fosco. A cabeça, dorso e asas são marrons. Nas asas, apresenta poucas marcações branco amareladas nas penas coberteiras e suas rêmiges primárias apresentam coloração enegrecida. O uropígio e a cauda da maria-leque-do-sul apresentam uma coloração canela brilhante. As partes inferiores são mais pálidas. A garganta apresenta uma pequena mancha esbranquiçada, o peito e ventre são ocráceos e lisos, sem marcações. A íris é escura. O bico escuro é relativamente longo e chato e quando aberto apresenta a vívida coloração interna amarela. Tarsos e pés são amarelos ou alaranjados.












































Subespécies

Espécie monotípica (não são reconhecidas subespécies).
(Clements checklist, 2014).

























Alimentação

Com seu bico chato em forma de pinça, captura insetos alados dotados de grandes asas tais como borboletas e libélulas, ou perigosos insetos dotados de ferrões venenosos, como certas mamangavas e vespas. As longas cerdas que cercam a base do bico ampliam sua capacidade de aprisionar grandes insetos. Após capturarem uma presa em pleno ar, retornam ao poleiro de onde partiram, batendo-a de encontro ao galho para se livrarem dos perigosos ferrões ou de suas grandes asas.

Reprodução

Constrói um ninho em forma de bolsa que mede de 0,6 a 2,0 metros de comprimento, com musgo, folhas secas, e outras fibras vegetais. Esses ninhos longos são tecidos na extremidade de galhos finos em bordas de encostas íngremes ou sobre córregos no interior de matas.

Hábitos

Ocorre na Mata Atlântica entre 0 e 800 metros de altitude, como substituta da maria-leque. Usualmente encontrados em casais, acompanham bandos mistos pelos estratos baixos, tanto na mata primária quanto na secundária.

Distribuição Geográfica

Ocorre de Minas Gerais e Espírito Santo à Santa Catarina.