sábado, 15 de outubro de 2016

SAÍRA-SETE-CORES




 










A saíra-sete-cores é uma ave passeriforme da família Thraupidae. Também conhecida como saíra-de-bando.

Nome Científico

Seu nome científico significa: do (tupi) tangará = dançarino; e do (alemão) seledonkopf = nome dado a este pássaro verde por Statius Müller (1776), derivado do francês céladon = verde-claro. ⇒ Dançarino verde claro ou dançarino seledon.

Características

Mede cerca de 13,5 centímetros de comprimento e pesa cerca de 18 gramas.
O macho adulto apresenta plumagem complexa e brilhante. Cabeça, nuca e queixo são de coloração turquesa. Uma banda larga verde-amarelo pálido atravessa a nuca e o manto superior, e estende-se em torno dos lados do pescoço para até a garganta. Os ombros são negros e as coberteiras primárias azul violeta. O uropígio é amarelo-alaranjado e a parte superior da cauda azul-turquesa. A cauda é preta com bordas verde-claras na base, ficando azul turquesa distalmente. As penas de voo são pretas com bordas largas verdes pálidos. Nas partes inferiores, parte inferior da garganta e o peito superior são negros, a parte central do peito é azul-turquesa. O ventre é verde. O bico é preto e sua base apresenta plumagem preta. Os olhos são escuros com uma região ao redor dos olhos com plumagem preta. Os tarsos e pés são pretos.
A fêmea tem a plumagem bastante semelhante a plumagem do macho, mas ela apresenta a coloração menos intensa aparentando ter as cores mais apagadas.
O imaturo é muito parecido com a fêmea, mas muito menos colorido do que os adultos. Falta ao imaturo a cor viva do uropígio do adulto.

















Subespécies

Espécie monotípica (não são reconhecidas subespécies).

Alimentação

Frugívoro, aprecia os frutos de palmeiras, goiaba, mamão, ameixa e caju e também de frutos silvestres como frutos de Urtica e Hamelia além de bagas de bromélias. Alimenta-se também de insetos. Costuma frequentar comedouros com frutas.


Reprodução

É uma ave monogâmica que atinge a maturidade sexual aos 12 meses. Faz um ninho tipo tigela que é compacto e construído por ambos os adultos com grama e folhas, e forrado com materiais macios. Este ninho fica geralmente escondido na vegetação, entre folhas de árvores ou matagal, ou ainda em plantas ao longo do tronco e galhos. A época de reprodução da saíra-sete-cores ocorre entre novembro e fevereiro no Brasil, entre novembro e dezembro, no Paraguai, e em novembro no nordeste da Argentina.
A fêmea põe de 2 a 4 ovos pálidos, de coloração branco rosada com manchas marrons ou cinzentas. A incubação dura de 15 a 17 dias e é feita pela fêmea. O jovem deixa o ninho entre 14 a 18 dias após a eclosão dos ovos. Eles ainda dependem de pais para comida por algumas semanas após a saída do ninho. Os jovens de ninhadas anteriores podem acompanhar os adultos por vários meses durante o primeiro ano.

Hábitos

Pode ser encontrada em todos os estratos da floresta atlântica e nas matas baixas do litoral, onde é muito frequente. Esta espécie pode ser visto aos pares ou em pequenos grupos, às vezes com até 20 aves. Eles podem se juntar a bandos mistos de forrageamento. Eles costumam procurar comida entre 9 e 25 metros acima do chão da floresta. Pode forragear ao longo das bordas da floresta e também em áreas antropizadas.

Esta pequena ave é muito ativo durante o forrageamento, realizando alguns movimentos acrobáticos, enquanto ficam pulando nos ramos, recolhendo alimento na superfície das folhas e cascas da vegetação. Ele também inspeciona os lados dos ramos nus, inclinando-se para baixo várias vezes. Ele é capaz de manipular os frutos com o bico, a fim de remover as sementes e para alcançar a polpa.

Distribuição Geográfica

Esta espécie é encontrada a partir de terras baixas com menos de 900 metros, mas eles são mais frequentemente visto em baixa altitude. É uma espécie bastante comum no sudeste brasileiro. Ocorre da Bahia e Minas Gerais ao Rio Grande do Sul, também ocorre no sudeste do Paraguai e no nordeste da Argentina.








SAÍ -ANDORINHA





A saí-andorinha é uma ave passeriforme da família Thraupidae.
Um dos mais belos pássaros de nosso país, o saí-andorinha tem formato do corpo e cabeça peculiares. Bico curto, terminando em uma pequena ponta, com uma boca grande e larga. Também é conhecido como sairão, sanhaço-do-barranco e azulão.

Nome Científico

Seu nome científico significa: do (francês) Tersina = nome francês dado por Buffon-(1770-1783) para uma espécie não identificada; e do (latim) viridis = verde. ⇒ Tersina verde ou (ave) verde de Buffon. A palavra viridis refere-se à coloração da fêmea e dos indivíduos jovens desta espécie.

Características

O macho desta espécie é azul-brilhante, com a cara e a garganta negras. A fêmea e o macho juvenil são esverdeados, em tom brilhante nas costas e amarelado nas partes inferiores. Nos dois sexos, há uma série de riscas escuras na plumagem ventral, branca no centro da barriga do macho e amarelada na fêmea.
Possui um forte chamado metálico de contato, sendo muitas vezes escutada antes da primeira visualização.





Subespécies

Possui três subespécies.

Tersina viridis viridis (Illiger, 1811) - ocorre no leste da Bolívia até o Paraguai, leste do Brasil e nordeste da Argentina;
Tersina viridis occidentalis (P. L. Sclater, 1855) - ocorre do leste do Panamá até a Venezuela, nas Guianas, no norte da Bolívia e no norte do Brasil;
Tersina viridis grisescens (Griscom, 1929) - ocorre na montanha Santa Marta, no nordeste da Colômbia.

Alimentação

Alimenta-se de frutos e insetos, apanhando esses últimos em voos a partir de galhos expostos. Somente se aproxima do chão para alimentar-se de frutos maduros caídos, apanhar insetos em voo ou para nidificar. Devido ao formato do bico e cabeça, é capaz de apanhar vários frutos, carregando-os para um poleiro mais escondido. Os frutos com caroço muito grande para ser engolido têm a polpa retirada no esôfago e são cuspidos. É um excelente dispersor de sementes. Aprecia muito a frutinha do abacateiro-do-mato ou maçaranduba-de-minas (Persea pyrifolia), bem como os frutos vermelhos da Scheflera (Schefflera actinophylla) e os frutos da magnólia-amarela (Magnolia champaca).




















Reprodução

Escava barrancos e faz o ninho no final do túnel. As fêmeas fazem o ninho, chocam e cuidam dos filhotes praticamente sozinhas. Os machos ficam de sentinela a maior parte do tempo, sem envolver-se muito na criação dos filhotes. Após a reprodução retornam aos bandos, os quais podem chegar a algumas dezenas ao redor de árvores frutificando.

















Hábitos

Tem como hábito característico o gregarismo na maior parte do ano. Voa em bandos à procura de alimentos, pousando geralmente nos galhos mais expostos de árvores e arbustos de frutas da época. No meio do bando costumam ser vistas outras espécies de saís, como o saí-azul (Dacnis cayana), por exemplo.
































FIM-FIM























O fim-fim é uma ave passeriforme da família Fringillidae.
Também conhecido como vim-vim (Maranhão e Piauí), fi-fi-verdadeiro, vem-vem (Natal/Rio Grande do Norte),Guriatã-de-coleira (Bahia), vi-vi e puvi (interior de São Paulo). No Nordeste recebe a denominação de vem-vem, gaturamo-fifi ou guriatã. E aparece na música Cantiga de Vem-Vem, composta por Luiz Gonzaga:
vivo sempre escutando a cantiga de vem vem
quando ouço ele cantando penso ser você que vem
vivo de olho no caminho porque não chega ninguém
ai ai ai por fim não chega ninguém
quando perco a esperança parece uma tentação
me sento lá no terreiro
escoro o rosto com a mão
sem plano pobre coitado
fazendo risco no chão
ai ai ai fazendo risco no chão
tá vendo meu bem
tá vendo como e doce querer bem
faz inté levar em conta a cantiga de vem vem
ai ai ai a cantiga de vem vem

Nome Científico

Seu nome científico significa: do (grego) euphonia, euphony = excelência do tom; e do (grego) khlörotës, khlöritis = de cor verde, esmeralda. ⇒ (Pássaro) verde com excelência do tom ou (ave) cantora verde. Khlörotes faz referência a foma juvenil ou da fêmea desta espécie que possui a cor verde. “Tangara noir et jaune de Cayenne” de Brisson (1760) (Euphonia).

Características

Mede 9,5 centímetros de comprimento e pesa cerca de 8 gramas (macho).

É uma das espécies mais conhecidas do gênero Euphonia. Além do colorido do macho, outra característica marcante nessa ave é o canto assobiado, usado para contato entre o grupo e origem dos nomes comuns.

Sua voz pode ser facilmente reconhecida: “di-di”, “vi-vi”, “vem-vem” ou “fi-fi” (chamada de ambos os sexos). O canto é fraco, chilreado rápido podendo lembrar o de um pintassilgo. Também imitam outras aves. Macho e fêmea chamam-se nas andanças pela mata. À distância, pode ser confundido com um dos chamados do risadinha, quando faz fi-fi.

A fêmea é verde-olivácea, de fronte amarelada e ventre esbranquiçado. É interessante notar que a fêmea possui um canto elaborado também, além do “fi-fi”.






















Subespécies

São cinco subespécies reconhecidas:

cynophora (Oberholser, 1918) - Sudoeste da Venezuela, Sudeste da Colômbia e, provavelmente, Roraima. Dinstingue-se por possuir a coroa amarela um pouco mais extensa que a forma nominal e por ter a cabeça com mais violeta.

chlorotica (Linnaeus, 1766) - Guianas, Amapá, Sul do Rio Amazonas, Norte do Mato Grosso, Goiás, Tocantins, norte de Minas Gerais, Região Nordeste e Espírito Santo. Distingue-se por ter a coroa amarela se estendendo até um pouco atrás dos olhos.

amazonica (Parkes, 1969) - Ambas as margens do Rio Amazonas, Pará (Santarém), extremo nordeste do Peru. Bico e asas menores que a forma nominal.

taczanowskii (P. L. Sclater, 1886) - Norte e sudeste do Peru e Bolívia. Difere das outras subespécies por possuir as partes superiores mais arroxeadas, barriga e coroa de um amarelo bem mais pálido. Coberteiras caudais e uropígio mais azuladas que as costas.

serrirostris (d’Orbigny & Lafresnaye, 1837) - Sudeste da Bolívia, Sul do Mato Grosso, Sul de Goiás, Sudeste e Sul do Brasil até o Uruguai e norte e centro da Argentina e Paraguai. Distingue-se da forma nominal por ter a coroa amarela um pouco menor que chlorotica, estendendo-se apenas até os olhos (não ultrapassando-os).

Alimentação

Frugívoro. Geralmente pousa ao lado de um cacho de frutos e os ingere um após o outro. As sementes ingeridas passam intactas pelo tubo digestivo e quando eliminadas junto com as fezes, muitas vezes aderem a um tronco de árvore ou caem no solo onde germinam. Desta forma, esta e outras espécies de Euphonia são consideradas excelentes dispersoras de sementes. Apreciam muito as frutinhas das ervas-de-passarinho, plantas das famílias lorantáceas e viscaceae, neste último caso ingerem a polpa dos frutos e a semente, deixando cair a casca. Em geral, as sementes são defecadas na forma de um “colar de contas” nos galhos, mas algumas vezes podem cair no solo, onde não se desenvolvem. Existe uma particularidade anatômica que muito singulariza esta ave, que é a não existência de moela, sendo, o próprio papo bastante atrofiado. Tal simplicidade do aparelho digestivo revela claramente o regime frugívoro levado ao extremo.

Reprodução

Atingem a maturidade sexual com cerca de 12 meses. Cada ninhada geralmente tem entre 2 e 5 ovos, tendo de 2 a 3 ninhadas por temporada. Os filhotes nascem após 15 dias.
No período reprodutivo o macho costuma ficar cantando nas horas mais quentes do dia, pousado sob a copa. Nessas cantorias, usa um canto próprio, elaborado, às vezes mesclado com imitações.




















Hábitos

Habita a mata baixa e rala, o cerrado, a caatinga, cocais e matas serranas (região sudeste).
Visita as áreas de vegetação mais densa na procura de insetos e frutos, sempre na parte alta da árvore ou arbustos maiores. Costuma movimentar-se no meio da folhagem das copas, não se aproximando do chão na parte interna da ramagem.



































domingo, 22 de maio de 2016

ESTRELINHA-AMETISTA























O estrelinha-ametista é conhecido também como tesourinha, beija-flor-mosca (Rio Grande do Sul), besourinho-ametista e besouro-zumbidor.






















Nome Científico
Seu nome científico significa: do (grego) kalliphlox = lindamente em chamas, bonito como uma chama; e do (latim) amethystinus = da cor da ametista. ⇒ Ave da cor da ametista e lindo como uma chama .






















Características
O macho mede cerca de 8,6 centímetros de comprimento e a fêmea 7,5 centímetros. O macho tem garganta e lados do pescoço vermelho-ametista-brilhante, barriga branca e cauda bifurcada e a fêmea possui garganta e barriga brancas, cauda curta e não bifurcada.























Subespécies
Não possui subespécies.






















Alimentação
Alimenta-se de pequenos insetos e néctar.






















Reprodução
Em sua exibição para a fêmea, durante o período reprodutivo, o macho voa para frente e para trás executando um movimento pendular, cantando e chamando a atenção pelo estranho zumbido que produz. Seu ninho é pequeno, em formato de xícara, preso em grandes galhos de árvores isoladas na borda da floresta, a cerca de 15 metros de altura. Põe 2 ovos.






















Hábitos
Habita bordas de florestas altas, clareiras, caatingas, cerrados, jardins e campos com árvores. Vive geralmente solitário, desde o estrato arbustivo mais baixo até a copa das árvores. Voa como um besouro, batendo as asas até 80 vezes por segundo. É mestre em voos ascendentes e para trás.
























Distribuição Geográfica
Todo o Brasil, sendo relativamente comum nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul. Encontrado também das Guianas e Venezuela ao Paraguai e Argentina.

Classificação Científica
Reino:  Animalia
Filo:  Chordata
Classe:  Aves
Ordem:  Apodiformes
Família: Trochilidae
         Vigors, 1825
Subfamília: Trochilinae
         Vigors, 1825
Espécie: C. amethystina
Nome Científico
Calliphlox amethystina
(Boddaert, 1783)
Nome em Inglês
Amethyst Woodstar
Estado de Conservação
(IUCN 3.1)
Pouco Preocupa