Trogoniformes é uma ordem de aves com 39 espécies pertencentes apenas a uma única família, Trogonidae. O grupo habita preferencialmente as florestas tropicais da América Central e do Sul, sendo o género Apaloderma oriundo de África e as onze espécies de Harpactes nativas da Ásia. O quetzal é a ave trogoniforme mais emblemática. No Brasil, estas aves são chamadas de surucuá.
As aves trogoniformes têm geralmente um bico curto e encurvado e patas também curtas. Os dedos apresentam uma distribuição distintiva do grupo, estando o primeiro e o segundo dirigidos para a frente enquanto que o terceiro e quarto apontam para trás. A cauda é longa ou muito longa no caso do gênero Pharomachrus. As asas são curtas e arredondadas e embora sejam bem adaptadas ao voo, estas aves não têm o hábito de voar grandes distâncias e preferem saltitar de árvore em árvore. A plumagem é bastante colorida e varia conforme a espécie entre tons de verde, azul, rosa e/ou encarnado com brilho metálico. Os trogoniformes apresentam dimorfismo sexual, tendo as fêmeas um padrão de cores semelhante ao macho, embora muito menos exuberante.
Estas aves alimentam-se sobretudo de insetos e outros pequenos invertebrados, por vezes de frutos. Os ninhos são construídos pelo casal, que escava uma cavidade com as patas em um tronco de árvore ou numa colônia de formigas. Cada postura contém entre dois a três ovos, geralmente de cor branca, que são incubados pela fêmea. Os juvenis nascem sem penas e recebem os cuidados parentais de ambos os pais.
O surucuá-de-coleira mede aproximadamente 25 cm de comprimento. Possui dimorfismo sexual, sendo o macho com cabeça, peito e dorso esverdados, apresentando uma linha branca que separa o peito da coloração vermelha das partes inferiores, além da parte inferior da cauda ser branca e barrada de negro; a fêmea apresenta cabeça, peito e dorso castanhos e retrizes centrais de cor ferrugínea, sendo a cauda não claramente barrada.
Ocorre nos estados de Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro, Rondônia e Roraima
Surucuá de barriga vermelha
O surucuá-de-barriga-vermelha chega a medir até 25 cm de comprimento, sendo que os machos possuem o alto da cabeça azul, pálpebras amarelas, dorso verde, cauda negra com faixas longitudinais brancas, enquanto as fêmeas têm o alto da cabeça e o pescoço cinzentos.
Vivem nos diversos ambientes florestados. Aparece, ocasionalmente, nos capões de cerrado. No entanto, é mais comum nas matas ciliares,bem como ao longo dos corixos maiores, nos cambarazais e cerradões.
Ocorre nos estados do Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Sergipe e Tocantis
O surucuá-de-cauda-preta mede cerca de 31,5 cm de comprimento. O macho apresenta as partes superiores e o peito verde-metálicos (com uma faixa branca), a garganta e os lados da cabeça pretos, e a barriga vermelha e a fêmea tem as partes superiores e o peito cinzas (sem faixa branca), e a barriga igualmente vermelha.
Comum nas bordas e no interior de florestas úmidas, florestas de galeria e capoeiras altas. Vive solitário ou aos pares. É muito mais ouvido do que visto.
Presente em toda a Amazônia brasileira
O surucuá-mascarado mede 22,5 centímetros.
Frequenta matas primárias e secundárias e também suas bordas. Segue bandos mistos.
Habita florestas montanhosas na região dos tepuis, na fronteira com a Venezuela e também aparece em ampla distribuição nos Andes.
O surucuá-de-barriga-amarela mede 26 centímetros e apresenta a barriga amarela e a cauda finamente barrada.
Espécie frequente em muitos locais, nos estratos baixo e médio de matas primárias e secundárias de áreas montanhosas do Sudeste e nas matas de terra firme da Amazônia.
O surucuá-de-peito-azul
ou surucuá-variado (Trogon surrucura) é uma espécie de ave da família Trogonidae.
Surucuá-variado - Surucua Trogon
Mede aproximadamente 26 centímetros de comprimento. Possui duas subespécies com colorido do ventre e das pálpebras distintos:
Trogon surrucura aurantius (encontrada da Bahia ao Rio de Janeiro e leste de Minas Gerais) possui barriga alaranjada, pálpebras amarelo-alaranjadas e cauda sem barras;Trogon surrucura surrucura (registrada do sul de Mato Grosso e Goiás, Rio de Janeiro e Minas Gerais ao Rio Grande do Sul, nordeste da Argentina e Paraguai) possui barriga vermelha com pálpebras laranjas e cauda sem barras.
Ambas as subespécies apresentam dimorfismo sexual, sendo o macho com cabeça e peito azulados, costas verdes e asas salpicadas de branco. As fêmeas e os imaturos são cinzentos.
Habita matas e cerrados.
O surucuá-violáceo mede aproximadamente 23 cm de comprimento e pesa 56 gramas. Possui dimorfismo sexual: machos com cabeça e peitos azuis, pálpebra amarela, dorso verde (tornando-se azulado próximo ao uropígio) e cauda com faixas tranversais alvinegras; fêmeas e imaturos com cinzentos com cauda barrada transversalmente de negro.
È residente em muitas florestas tropicais.
Ocorre nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.
O surucuá-grande-de-barriga-amarela mede cerca de 30 cm de comprimento e pesa 93 g. O macho apresenta o alto da cabeça e o peito de coloração azul-metálica, as costas verdes e a barriga amarela e a fêmea tem as partes superiores, garganta e peito cinzas e a barriga amarela.
Comum nas bordas e no interior de florestas altas (úmidas ou secas) e em capoeiras.
Presente na Amazônia brasileira, em direção ao sul até Santa Catarina. Encontrado também do Panamá à Bolívia.
Pharomachrus é um gênero de ave trogoniforme da família Trogonidae. A única espécie que faz parte desse gênero é o surucuá-pavão(Pharomachrus pavoninus), muito semelhante aos surucuás do gênero Trogon, por fazer parte da mesma família.
O surucuá-pavão mede cerca de 34 cm de comprimento e pesa 158 g (macho). O macho tem o peito e a barriga vermelhos; a fêmea possui a cabeça menos brilhante e o peito amarronzado.
Habita o interior de florestas úmidas de terra firme. Vive solitário ou aos pares, no estrato médio ou próximo à copa. Com freqüência, permanece pousado quieto, passando facilmente desapercebido. É atraído por imitações de seu canto.
Presente na região do alto Rio Amazonas, da margem direita do rio Tapajós e alto Rio Negro para oeste. Encontrado também na Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia.
Nice colors!
ResponderExcluirI hope you are fine, dear friend!
Kisses!